terça-feira, 28 de outubro de 2008

Satélite


Pouso o telescópio sobre o vidro da mesa
E num piscar,
Chego à lua.
Embebido daquele silêncio de satélite
Embriago-me de papel e letras.
Imagino o que escrevem
Os solitários dos outros planetas
E procuro visualizar nas lentes do telescópio
A estrela em que você dorme,
Para que eu possa ver
O brilho que vaza a moldura da tua janela
E tentar distinguir os tons da tua luz
Misturado às luzes das outras estrelas.
.

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