sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Cotidiano das coisas do homem do mar

A vida de um homem do mar por Ezequiel Rodrigues

Avaliação e Auto-ajuda de pescador e seu modo de viver e ver.

Correr atrás de papel de qualquer espécie ou valor nunca fez parte do meu cotidiano e razão de viver. Ao invés disso, finquei meus pés no chão do mar, como se dali retirasse do próprio Deus a energia que me mantêm vivo (e confesso que uma de minhas grandes alegrias é estar à beira-mar. Gostaria mesmo era de não ter função longe dali, como um barco qualquer que depois do trabalho descansa emborcado na areia). 

Ser grande não é minha prioridade. O querer ser grande consome toda uma vida e consumir a vida com sonhos de grandeza não me atrai. Ao contrário: me atraem as coisas pequenas e simples. Grandeza que não seja do céu, do mar ou de amor não me seduz. Grandezas construídas às custas de qualquer tipo de opressão ou obrigação não é grande para mim. 

Não sou ninguém importante e isso me alegra. Não ser importante, não ter títulos nem posses (nem ter desejo de os ter) me possibilita viver a felicidade dos pequenos desconhecidos; da vida sem grandes atropelos, correrias, cobiças, invejas, pactos, traições, falsidades... Nada disso existe na vida que levo. 

E a vida que levo me leva a continuar querendo viver assim. 

Ezequiel Rodrigues | @zekrodrigues

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