A indulgência é sentimento doce e fraternal que todo homem deve alimentar para com seus irmãos e que bem poucos fazem uso. A indulgência não vê os defeitos dos outros, ou, se vê, evita falar deles. Ao contrário, oculta-os, afim de que outras pessoas não tomem conhecimento, e se a malevolência os descobre, tem sempre pronta uma justificativa para eles, plausível e séria.
A indulgência jamais se ocupa com os maus atos de outrem, a menos que seja para prestar um serviço; mas mesmo neste caso, tem o cuidado de os atenuar tanto quanto possível. Não faz observações chocantes, não tem nos lábios sensuras; apenas conselhos e, muitas vezes, velados.
Quando criticamos que se há de pensar de nós? Que nunca cometemos algum tipo de erro? No que somos melhores que a pessoa criticada? Quando julgaremos o nosso próprio coração? os nossos próprios pensamentos e atos sem nos preocuparmos com o que fazem os outros? Quando só teremos olhares severos sobre nós mesmos?
Sejamos severos conosco e indulgentes com os outros. Lembremos daquele que julga em última instância, que vê os pensamentos íntimos de cada coração e que, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que censuramos, ou condena o que relevamos, porque conhece o móvel de todos os atos.
Sejamos indulgentes, pois a indulgência atrai, acalma, ergue,
ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita.
(Texto adaptado do Evangelho Segundo o Espiritismo | Allan Kardec)
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