Pouso o telescópio sobre o vidro da mesa e,
ultrapassando a moldura da janela,
num piscar chego à lua.
Embebido daquele mundo de silêncio
me sinto só no universo de papel e letras.
Imagino o que escrevem os solitários dos outros planetas
e procuro visualizar nas lentes do telescópio a estrela em que a menina dorme.
Daqui, do meu mundo de sonho,
vejo as luzes de teu quarto brilhando...
vejo sua silhueta que passa... sua cortina que dança, ...
Daqui, sei que o último suspiro de luz do seu planeta já vem percorrendo a distância que nos separa...
Em alguns segundos, meu telescópio não verá mais nada,
Pois sei que você - menina das estrelas - já apagou a luz.
@zekrodrigues
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